Em estuários, praias, lagoas costeiras, por vezes em sapais, junto aos estuários dos rios. Com preferência por substratos lodosos, forma prados que frequentemente podem cobrir extensas áreas na zona intertidal. Ocorre também em zonas arenosas e na zona subtidal.

Zostera noltii é uma erva marinha de ampla distribuição atlântica que em Portugal continental ocorre em áreas localizadas do litoral, do norte ao sul do território. A população nacional é ainda muito numerosa, contudo assinala-se a redução de área ocupada por pradarias marinhas desta espécie nas últimas décadas, inferindo-se a existência de declínios continuados ao nível da área de ocupação, da área do habitat e do tamanho da população nacional. Identificam-se 11 localizações, considerando-se a existência de ameaças que podem afetar grandes extensões de pradarias, como a poluição, a expansão de algas exóticas, as dragagens e a abertura de canais, conjugadas com outras de índole mais local, como a apanha de marisco e o fundeamento de embarcações. Por esses motivos a planta é avaliada como Quase Ameaçada. Sugerem-se medidas para uma melhor implementação das leis já existentes ou o seu reforço (e.g. melhoria da qualidade da água, condicionar a captura de bivalves e de isco durante os períodos de floração ou crescimento), estabelecimento de medidas de mitigação e boas práticas para atividades como a dragagem de canais. Deverá ser implementado um plano nacional de monitorização das pradarias marinhas e efetuada sensibilização pública para a sua conservação.

Halimione portulacoides, Juncus acutus, Polygonum equisetiforme, Suaeda albescens, Juncus maritimus, Spartina maritima, Carpobrotus edulis
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