Prados ralos, olivais tradicionais. Em locais secos, com solos básicos.

Vulpia unilateralis é uma gramínea muito pequena e inconspícua, que habita em solos calcários ou margosos secos, em zonas quase sem vegetação. O desconhecimento sobre a distribuição, estado a população, pressões e ameaças é grande, devido à baixa detetabilidade da planta no campo. É conhecida atualmente em três regiões (Serpa, Moura e Sousel), tendo núcleos numerosos nas duas últimas, mas o número de localizações que se conhece é de apenas 4. Contudo, é bastante provável que possam existir mais núcleos, inclusivé noutras regiões. Há assim uma incerteza grande quanto à extensão de ocorrência e número de localizações, ainda que a área de ocupação seja certamente baixa, e se esteja a observar um declínio continuado na área e qualidade do habitat, que afeta a maior subpopulação. Estes factos permitem a aplicação do critério B2ab(iii) com uma incerteza quanto ao número de localizações, que torna igualmente plausível qualquer categoria entre Vulnerável e Pouco Preocupante. Assim, avalia-se como Quase Ameaçada porque não é possível decidir sobre a categoria mais plausível, atribuindo-se então a categoria intermédia. A principal ameaça é a conversão de olivais tradicionais de sequeiro em olivais de regadio e o uso de herbicidas, o que acontece maioritariamente em Moura e irá agravar-se com a exploração de um bloco de rega em projeto. É necessário realizar mais prospeção, estimativas e identificar ameaças, de forma reavaliar mais rigorosamente o seu risco de extinção. Entretanto, propõe-se que a conservação desta planta seja conseguida através de sinergias com as medidas de conservação de outras plantas ameaçadas que co-habitam nos olivais tradicionais de sequeiro.

Salvia argentea, Elaeoselinum foetidum, Nonea vesicaria, Helianthemum ledifolium, Stipa capensis, Silene colorata, Atractylis cancellata
ver todas