Fendas de rochas e incultos em solos pedregosos e ácidos, de montanha.

Poucos núcleos conhecidos de ocorrência.

Iris boissieri é uma espécie endémica do noroeste da Península Ibérica, com distribuição muito restrita em Portugal, conhecida apenas das serras do Gerês, Amarela e Peneda. Ocorre em fendas de rochas e prados em solos pedregosos e ácidos, derivados de granitos, em zonas de montanha acima dos 750 m. Apresenta extensão de ocorrência e área de ocupação muito reduzidas, mas aparentemente estáveis. Dadas as suas características biológicas e ecológicas os censos populacionais são complexos e pouco fidedignos, sabendo-se apenas que, pelo menos, existirão mais de 2500 indivíduos maduros. Não se identificam indícios de declínio populacional, nem de declínio seu habitat, mas identificam-se algumas ameaças (fogo precoces, alterações climáticas e alterações do regime de pastorícia tradicional), cuja interação sugere que se possam identificar apenas cerca de 5 localizações. No presente, estas ameaças não parecem estar a afetar significativamente a espécie, pelo que, conjuntamente com a ausência de declínio nos diversos parâmetros utilizados na avaliação, esta espécie não se enquadra em qualquer categoria de ameaça. É avaliada como Quase Ameaçada, aproximando-se dos critérios B1ab(iii,v)+2ab(iii,v) para Em Perigo, uma vez que caso se alterem significativamente as condições do seu habitat em resultado de alterações climatéricas e do abandono do pastoreio ou devido a quaisquer outros fatores de ameaça não identificados ou subavaliados, a espécie poderá entrar em declínio populacional num prazo relativamente curto. Sugere-se a continuação de estudos que permitam melhorar o conhecimento da sua distribuição e a monitorização da população nacional, de modo a acompanhar a sua tendência.

Narthecium ossifragum, Vaccinium myrtillus, Gymnadenia conopsea, Laserpitium eliasii, Saxifraga lepismigena, Amelanchier ovalis, Tuberaria globulariifolia globulariifolia
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