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Nas vinhas abandonadas é frequente os porta-enxertos ganharem dominância acabando por sobrepor-se ao cavaleiro, i.e. à videira-europeia. Nas regiões vitivinícolas é também comum encontrar Vitis de origem americana a cobrir taludes, provenientes de plantação deliberada ou, eventualmente, de regeneração por semente. Uma das Vitis assilvestradas mais frequentes na região do Douro é a V. rupestris Scheele, concretamente um clone conhecido por 'Rupestris do Lot', que se distingue pelas nervuras avermelhadas próximo da base, e pelas aurículas, que de tão divergentes, diferenciam uma base truncada, sem seios peciolares, tomando o limbo uma forma quase retangular. O híbrido V. berlandieri x V. rupestris '99 R' é também frequente no Douro: distingue-se da 'Rupestris du Lot" pelas folhas de ápice e base menos truncados. A exclusão destas e de outras espécies ou híbridos de Vitis dos catálogos e Floras de referência deve-se, certamente, às dificuldades taxonómicas inerentes ao género Vitis, e ao facto de não ser claro se estão, ou não, definitivamente assilvestradas (o longo ciclo de vida dificulta esta avaliação).
Carlos Aguiar em 15/06/2015
Considero a taxonomia deste género mal estudada em Portugal e na Pen. Ibérica. Vários táxones de origem americana foram introduzidos, mas nenhum é referido nas floras nacionais (na Flora Iberica esta família ainda não foi publicada). A Flora Europaea enuncia alguns. Um táxone claramente naturalizado no nosso país é o chamado "morangueiro", "vinho-produtor" ou simplesmente "americano" facilmente reconhecível pelas uvas grandes e aromáticas em que a casca se separa facilmente quando apertada - pelo que se pode apurar tratar-se-á do cultivar Vitis x labruscana 'Isabella'.
Um dos caracteres que se utiliza para determinar Vitis sylvestris é a sua dioicia (i.e. há videiras-bravas masculinas e outras femininas) o que não acontece nas videiras cultivadas. No entanto, ainda que careça de confirmação, nem todas as videiras dioicas serão Vitis sylvestris, pelo que se devem confirmar outros caracteres. Vide p.e. o trabalho de Coelho et al. (2004) em http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0254-02232004000100001&script=sci_arttext
Estêvão Portela-Pereira em 23/11/2014
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