Prados e pastagens anuais, clareiras de matos. Em sítios pedregosos e secos, preferentemente sobre substratos alcalinos.

Lagoecia cuminoides é uma herbácea anual grácil que habita em locais ensombrados nas orlas de bosques ou em olivais abandonados. Em Portugal, está circunscrita à bacia hidrográfica do rio Guadiana, existindo apenas duas subpopulações. É avaliada como Quase Ameaçada porque possui uma extensão de ocorrência de cerca de 80 km², uma área de ocupação próxima de 20 km², um reduzido número de localizações (3), mas não apresenta declínio continuado em nenhum dos parâmetros, aproximando-se de Em Perigo pelos critérios B1ab(iii)+2ab(iii), pois estão assinaladas algumas ameaças sobre o seu habitat. Destaca-se a utilização de agroquímicos e as recorrentes mobilizações de solos nos olivais da serra de Ficalho e a expansão e intensificação agrícola, em particular pela conversão de olivais tradicionais em olivais em modo de produção intensivo. O crescimento de matos heliófilos pode constituir uma ameaça em alguns locais, e pensa-se que o pastoreio excessivo seja também danoso devido à perturbação física. Assim, sugere-se que sejam previstos incentivos para a manutenção de áreas de zambujal aberto e olivais abandonados, os quais devem ser monitorizados por forma a evitar o desenvolvimento excessivo do mato, provavelmente prejudicial, e que poderá ser controlado, se necessário, por corte mecânico parcial. Propõe-se também continuar a prospeção nos vales do Guadiana, e a realização de estudos sobre a resposta da planta a diferentes tipos de gestão, por forma a melhor orientar as ações. Todos os núcleos devem ser monitorizados, para precaver situações de risco.

Scabiosa galianoi, Elaeoselinum foetidum, Lavandula viridis, Phlomis purpurea, Cistus monspeliensis, Erophaca baetica, Pistacia lentiscus
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