Bosques caducifólios (carvalhais) e matagais em regiões montanhosas (raramente forma azevinhais). Frequentemente em encostas sombrias, barrancos fechados e margens de linhas de água, com preferência por solos siliciosos ou descarbonatados.

Árvore dioica (com indivíduos masculinos e femininos). Espécie protegida ao abrigo do Decreto-Lei 423/89 de 4 de Dezembro.

Ilex aquifolium tem o seu centro de distribuição em Portugal continental centrado no noroeste atlântico, com pequenos núcleos isolados a nordeste e a sul. Avalia-se como Pouco Preocupante porque é uma planta abundante em vários locais da sua área de distribuição (e.g. serras da Peneda, Gerês e noroeste das serras da Freita e Caramulo) e não se identificam ameaças significativas que possam levar a planta a enquadrar-se numa categoria de ameaça no futuro próximo. As principais pressões ou ameaças são expansão da exploração florestal excessivamente mecanizada e de espécies exóticas invasoras que destroem o seu habitat potencial. Para além disso há a ameaça da poluição genética causada pela introdução em massa de híbridos e cultivares ornamentais em jardins particulares e públicos, que facilmente se podem tornar subespontâneos e, possivelmente, cruzar com os indivíduos silvestres. Esta ameaça é preocupante, sobretudo, nos pequenos núcleos populacionais a nordeste e a sul da Cordilheira Central, devido aos seus fracos efetivos populacionais. Alguns núcleos históricos ter-se-ão já extinguido, sobretudo no Nordeste Transmontano e na região Oeste, onde seriam naturalmente constituídos por poucos e esparsos indivíduos. Propõe-se o controlo na introdução de material alóctone sobretudo nas regiões onde os núcleos são menores e a implementação de medidas de repovoamento ou fortalecimento populacional dos pequenos núcleos isolados, com base em estudos genéticos dos mesmos.

Blechnum spicant, Quercus robur, Athyrium filix-femina, Polystichum setiferum, Potentilla erecta, Rumex acetosa, Sibthorpia europaea
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