Em clareiras e orlas de matos baixos (principalmente urzais-tojais, mas também estevais), ao longo de aceiros e caminhos em povoamentos florestais de eucalipto. Sobre solos ácidos, derivados de xistos e quartzitos.

Podem ser parasitadas por: Cuscuta approximata^?
? interacção não confirmada

Endemismo da região costeira do sudoeste de Portugal.

Anexo II da Directiva Habitats, Anexo IV da Directiva Habitats

Rhaponticoides fraylensis é um endemismo ibérico cuja população se concentra no sudoeste de Portugal continental, em clareiras e orlas de matos baixos e prados vivazes, em solos ácidos. Apresenta uma extensão de ocorrência com cerca de 3400 km² e uma área de ocupação ligeiramente inferior a 900 km². Assinala-se um declínio continuado na área e qualidade do seu habitat, em resultado de pressões que estão em curso desde finais do século XX, como a instalação de povoamentos florestais de eucalipto, a intensificação agrícola e o incremento da criação de bovinos. Infere-se ainda um declínio populacional continuado, embora não exista uma estimativa fidedigna do tamanho da população e não seja possível estimar uma percentagem de redução ou declínio populacional. Devido à existência de pressões muito significativas na sua restrita área de distribuição, a planta é avaliada como Quase Ameaçada, aproximando-se de cumprir os critérios B1ab(iii,v)+2ab(iii,v) para Vulnerável, embora o número estimado de localizações seja superior a 10. Deverão ser promovidas medidas para conservação do seu habitat, como a manutenção de áreas com habitat favorável na área de influência do Perímetro de Rega do Mira, a implementação de medidas de controlo da expansão de exóticas arbóreas ou arbustivas e a generalização de práticas de gestão florestal compatíveis com a espécie. Sugere-se a realização de um estudo demográfico que permita estimar o tamanho da população e a percentagem do declínio expectável em função das pressões identificadas. A alteração de categoria relativamente à obtida na avaliação global anterior, Informação Insuficiente, deve-se a um melhor conhecimento sobre as pressões existentes.

Dittrichia viscosa revoluta, Cynara algarbiensis, Thymus camphoratus, Cistus salviifolius, Stauracanthus boivinii, Stauracanthus spectabilis, Phlomis purpurea
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