Em prados ou urzais húmidos, orlas de brejos e charcos e clareiras de pinhal. Principalmente em zonas montanhosas, mas ocorrendo também em zonas baixas, quase desde o nível do mar.

Arnica montana subsp. atlantica é uma planta de ampla distribuição europeia que, em Portugal continental, ocorre com maior frequência nas zonas montanhosas do Noroeste onde habita em prados húmidos, urzais húmidos, orlas de brejos e charcos temporários, turfeiras e depressões higrófilas em clareiras de pinhal. Apresenta uma área de ocupação reduzida e infere-se um declínio continuado na sua área de ocupação, na qualidade do habitat, no número de subpopulações e no número de indivíduos maduros. Todavia, considerando-se a expressão territorial das principais pressões identificadas, nomeadamente a expansão agrícola, a drenagem, a poluição, o desenvolvimento urbano, o sobrepastoreio, o abandono dos lameiros e as alterações no balanço hidrológico resultantes de alterações no padrão e quantidade de precipitação, estima-se a existência de quinze localizações, pelo que não cumpre o subcritério B2a que permitiria avaliar a planta na categoria Vulnerável. Por ser plausível, no futuro próximo, manter-se um declínio continuado no número de subpopulações pelo facto de várias das subpopulações mais pequenas e isoladas poderem desaparecer, a planta é avaliada como Quase Ameaçada, aproximando-se da categoria Vulnerável pelo subcritério B2ab(ii,iii,iv,v). Nas subpopulações mais numerosas, deverão ser condicionadas ações que possam afetar negativamente a sua dimensão. É urgente o restauro do habitat nos locais de ocorrência histórica e nas subpopulações atuais mais fragilizadas, de forma a melhorar o seu estado de conservação e a impedir o agravamento do risco de extinção da planta. Justifica-se ainda o reforço populacional dos núcleos mais pequenos com plantas produzidas em viveiro.

Wahlenbergia hederacea, Potentilla erecta, Erica cinerea, Blechnum spicant, Athyrium filix-femina, Halimium lasianthum alyssoides, Pteridium aquilinum
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